Junta de Freguesia de Porches Junta de Freguesia de Porches

História

Espalhada sobre um outeiro, à beira da mais antiga via longitudinal do Algarve, poisa a pequena vila de Porches. No território, em que se inscreve actualmente a freguesia, existem vestígios de ocupação humana contínua que nos remonta ao Neolítico.

Segundo fontes históricas, a actual vila de Porches teve a sua origem em meados do século XVI, tendo sido edificada pela população, vinda de uma antiga urbe denominada Porches Velho (lugar da freguesia mais próximo da costa). Porches Velho teria sido ocupado por romanos e em 1253 já era considerado vila, cabeça de um julgado e possuidora de um forte castelo medieval.

A Freguesia de Porches fez parte do concelho de Silves até à criação do município de Lagoa. Foi elevada a vila em 12 de Julho de 2001.

Na freguesia localiza-se a Ermida e a Praia da Senhora da Rocha, e ainda o famoso Poço Santo.

A toponímia Porches remonta a um povoado Romano, nas imediações da atual vila. Com localização privilegiada, num promontório em posição dominante sobre a costa, entre as antigas Ossónoba (hoje Faro) e Lacóbriga (hoje Lagos), protegia a praia e um pequeno porto, único acesso a esse trecho do litoral. Embora carecendo de pesquisas arqueológicas, os estudiosos acreditam que, à época da Invasão muçulmana da Península Ibérica, o local também terá tido utilização militar.

O castelo medieval

Não foram localizadas informações elucidativas sobre este castelo, a não ser que o mesmo foi doado por D. Afonso III (1248-1279) a seu chanceler, D. Estevão, por documento passado na povoação de Santa Maria de Faro, com data de Fevereiro de 1250. O atual forte tem em, seu interior, uma ermida, cuja data de construção é desconhecida: de acordo com uma lenda local a sua construção está ligada a uma aparição da Virgem, tendo D. Dinis mandado construir a fortificação para a proteger.

Do forte aos nossos dias

Sabe-se que D. João III (1521-1557) mandou erguer o forte para defender a praia dos piratas mouros. Em finais do século XVI, época em que Tomé Gonçalves é mencionado como seu governador, é referida a existência de um forte no local.

No início do século XIX, essa estrutura já se encontrava grandemente danificada (1821), com extensos troços de seu perímetro original destruídos pela erosão marítima que, solapando a base da falésia, conduziam à sua progressiva derrocada.

A Igreja de Nossa Senhora da Encarnação foi construída em 1882, no local onde existia um outro edifício, erigido em 1560, e do qual apenas se conserva a capela-mor, coberta por uma abóbada de nervuras que se apoia em seis mísulas, e cujas paredes são revestidas por azulejos do séc. XVIII, de padrão muito original. No seu interior guarda uma interessante custódia em cobre dourado.

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